* a propósito deste texto um bocadinho a dar pró deprimente...
22h.
Saio do trabalho, vinda de um dia passado na rua, bem disposta, mas cansada, suada e a precisar dum banho.
Pego no meu carrinho (ah!... o meu querido carrinho de 14 anos!...), meto a marcha-atrás, saio do estacionamento, meto a 1ª e avanço.
Além do ronronar característico da minha "biatura", ouço um assustador RRRAA-RRRA-RAAARRRR que me faz entrar de novo no estacionamento seguinte (e a ocupar dois lugares).
Desligo o carro, o som tinha acabado, e saio do carro a ver os pneus, ou o que raio se passava.
Os pneus direitinhos, eu à procura da origem do barulho feita parva, e eis que pára um príncipe, montado num cavalo cinzento (pronto, era um gajo engraçadinho num Mercedes) para me acudir.
E diz-me ele, pela janela:
"O tubo de escape caiu."
"Quê?!?!?", digo eu a achar que não tinha percebido.
"O tubo de escape caiu.", repetiu, e eu pus-me a olhar para a estrada à procura do intestino delgado do bicho.
"Onde??", digo, com cara de parva, sem o ver em lado nenhum.
"Espere, eu mostro-lhe...", e sai do carro e mostra-me.
Estava debaixo do carro, preso atrás mas partido à frente, e era essa parte caída que fizera aquele barulho todo.
Começo-me a rir, a pensar no absurdo da situação, e em quanto precisava dum banho, e perguntei: "E agora?... Que é que eu faço a isto?..."
"Agora tira-se...", responde.
E toca de calçar umas luvas, põe o joelhinho no chão e começa a tentar puxar aquela tralha.
Esforço daqui, esforço dali, (eu a ligar ao meu mecânico, que é o gajo da Coccinelita, a combinar as cenas para amanhã me compor o carro) e lá o tira.
Depois foi pô-lo ao meu local de trabalho, comigo, ofereceu-se para me levar onde eu precisasse, sempre todo delicado, não quis pagamento, nem sequer que eu lhe pagasse um copo, foi cavalheiro até mais não. :)
Só no fim da aventura é que nos apresentámos, e quando nos despedíamos, ele convidou-me para tomar um café ou alguma coisa num bar que ele explora e que até fica bem pertinho de minha casa...
Portanto...
E tendo em conta o título deste post...
Supermercados, nada, o que é preciso é um tubo de escape partido e um cavalheiro por perto... ;)
Tubo de escape... pois, pois! Conta-nos histórias Menina Fada. :-D
ResponderEliminarQue acontecimento delicioso... mas não o repitas muitas vezes se não haverá ordenado para tanto arranjo. ;-)
Para a história terminar em beleza, só falta uma visita ao barzinho. :-))
Beijinhos
Lol!
ResponderEliminar"O tubo de escape caiu.".... fantastica frase de engate!!!!!!
:)
Fantastico...e ele nem precisou ter conhecimentos de mecanica...
ResponderEliminarÉ uma boa tecnica :-) ... a menina precisa de ajuda??
.... è só um momento que eu chamo ja o meu reboque ;-)... fica bem não fica...LOLOL
beiinhos mmmMMmmMMm e M&M's
Nada como um homem interessante para fazer esquecer outro homem interessante...
ResponderEliminarJP:
ResponderEliminarJá tenho a "biatura" composta e o meu amigo mecânico foi um querido: compôs o escape para não comprar um novo. :D
Aparentemente, há uns anos, quando me mexeram na caixa de velocidades, alguém se "esqueceu" de pôr os apoios do escape à frente... (Foi o que percebi.)
Talvez vá lá hoje ao bar... Ou não. ;)
Kissitos
..-..-..-..
Eu Mesma!:
Só faltava sacar dum ramo de flores depois daquele trabalho todo... lol
Mas foi um querido, mesmo. :)
Beijinhos
..-..-..-..
Inside me:
Esperemos que à custa disto, não tenha mais problemas com o carro... ;)
MmmMMMmMMMM para ti tb.
Com amendoins. :D
..-..-..-..
Fénix:
Tem dias, tem dias...
E não faz esquecer. Só distrai um bocadinho. :)
Beijinho e obrigada pela visita :)
Olá, obrigada eu... aprendo sempre alguma coisa com os outros... além de que começo também a perceber que há coisas que são comuns a vários seres humanos e que afinal não são defeitos meus... :)
ResponderEliminar"Se choras porque não consegues ver o sol, as tuas lágrimas impedir-te-ão de ver as estrelas." ( Rabindranath Tagore ). Beijinhos.
Fénix:
ResponderEliminarOlá, de novo! :)
Ainda recentemente tive uma conversa com um bloggerfriend, a propósito do texto "21", em que lhe disse:
"...E sim, é intímo, mas o meu blog tb é intimo. :)
E qualquer coisa que esteja no separador Strange Days, é pessoal.
A partilha destes textos é quase como um diário.
E algumas pessoas revêm-se neles. E digo com palavras minhas o que outras pessoas tb sentem e não conseguem, muitas vezes, pôr em palavras.
A angústia, a saudade, são parte da Alma humana, e não só da minha."
Chorar faz parte da vida. Tal como rir, sonhar, cantar, ficar calado.
E tudo tem o seu tempo de existir e de ser, em nós.
E, por vezes, as nossas diferenças como seres humanos, traduzem-se apenas no período de tempo em que fazemos cada uma destas coisas.
Beijinhos, e um bom sábado :)
Olá outra vez!
ResponderEliminarHá uns meses largos criei um blog para fazer dele o meu diário também, mas se por um lado achei que não era suficiente escrever num diário de papel, por outro tive receio da exposição, por isso percebo essa preocupação.
Há umas semanas atrás voltei ter essa vontade e, resolvi pesquisar como fazem os outros (sou nova nestas coisas de blogs/privacidades na net, etc.) - daí a ter encontrado o teu blog, foi um passo :).
Concordo contigo e percebo essa partilha de intimidade... além disso, é com ela que nós (quem está deste lado) nos identificamos...
Se é um risco? Claro que sim, mas viver é arriscar-se a morrer, certo?...
Quanto ao "tudo tem o seu tempo de existir e de ser, em nós" - tenho que concordar se bem que acho que o Criador não foi justo na divisão de sentimentos pela humanidade: uns sofrem mais que outros, amam mais que outros, são mais felizes que outros e aí por diante... não vou alongar-me porque, como diria a minha avó, esta conversa dava "pano para mangas" e o blog é teu, não é meu :).
Vai beber um copo ao bar do teu novo amigo e depois "conta-me como foi" (:D). Já agora, bebe um copo por mim! :)
Beijinhos.
Fénix:
ResponderEliminarLol
Ainda não vou beber um copo, talvez amanhã...
Mas sim, se for, eu conto. ;)
Em relação à privacidade: aqui não se dizem nomes, falo muito dificilmente de lugares, e normalmente são lugares longe de mim...lol
Quanto à parte emocional, bem... Se alguns julgam que o meu estado mais frágil me torna uma presa fácil para os doidos que andam aí, estão muito enganados. ;)
Apenas desabafo, noutras alturas apenas conto historinhas, e pronto.
Quem quer, lê, quem não quer, não lê. ;)
Beijinhos e boas escritas :)