Porque HOJE já comemos, respiramos, bebemos... Porque HOJE, algumas pessoas ainda não perceberam que a comida não nasce nos supermercados, e é preciso mais do que ter dinheiro para comprar, é preciso ter QUEM PRODUZA! Porque HOJE, ainda há quem pense ser vergonhoso trabalhar a terra, ou arriscar a vida no mar.
Porque HOJE... A agricultura é essencial à nossa vida, tal como será sempre no futuro, e tal como é desde sempre, desde que a Raça Humana deixou de ser apenas colectora e caçadora...
Meus caros leitores, como referi no último post, vou falar um pouco de produtos portugueses que conheço e que entendo merecerem ser apreciados devidamente.
Hoje, tenho para vocês, algo que me surpreendeu positivamente pela inovação e pela qualidade, num destes dias.
(Rufem os tambores, devagarinho...) E o produto de hoje é...
(Rufem os tambores mais rápido)
Caganitas de Ovelha!!!!!!!!
(Tchan-an!!!)
E claro que estais a torcer o nariz, a fazer cara feia, mas eu explico: (Claro que ia explicar, claro...)
"Caganitas de ovelha" é o nome que Jorge Silva, uma pessoa simpatiquíssima e de excelente humor, deu a uns belíssimos queijinhos de ovelha que é ele quem faz, na Tapada das Sortes, em Alcains (distrito de Castelo Branco).
As ditas "Caganitas de Ovelha" são amanteigadas, cremosas e não pude comprar nenhuma porque esgotaram num ápice. :(
MAS...
(Não viria de mãos a abanar, certo?...)
Pude comprar "A Outra Caganita", que são os referidos queijinhos, mas na versão curada. São divinais... (Já estou a salivar só de lembrar...)
E também comprei o "Chocalhinho", que é um queijinho de cabra que... mnham..........
Quero salientar que, apesar de não ter visto a queijaria a não ser numas fotos nuns posts aí pela blogosfera, sinto que os queijinhos estavam "bem feitos", em termos higiénicos, e que o produtor me pareceu muito cuidadoso. Também tenho a dizer que não achei os queijinhos caros, principalmente comparando com queijos que se encontram nos hipermercados e que não são nem tão saborosos, nem tão bons.
Deixo-vos com as imagens e com o contacto do referido produtor, e não se esqueçam... Comprem o que é nosso! :D
Queijinhos embrulhados (até a etiqueta é gira!)
Queijinhos desembrulhados
Queijinhos cortados
"A Outra Caganita"
"Chocalhinho"
Para saber um pouco mais: http://www.imprensaregional.com.pt/reconquista/pagina/edicao/90/15/noticia-arquivo/9294
Contacto: Tapada das Sortes, Queijaria Artesanal; Estrada Nacional 18, Alcains 919 361 072 (Jorge Silva)
Não sei se já tiveram oportunidade de ler ou saber alguma coisa sobre o Projecto "Compro o que é nosso", acerca da valorização e preferência dadas a produtos portugueses. Não querendo pôr aqui tudo o que podeis saber visitando a página: http://www.compronosso.pt/
deixo, no entanto, apenas um resumo:
"A Associação Empresarial de Portugal, ciente de que os problemas económicos do país só se resolvem criando riqueza e trabalho, lança uma campanha de sensibilização para o consumo de produtos e marcas que contribuem para criar Valor Acrescentado em Portugal, com a assinatura “COMPRO o que é nosso”. O objectivo deste projecto é criar um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, valorizando a produção nacional, a criatividade, o empreendorismo, o trabalho, o esforço e a determinação. O projecto visa também elevar a auto-estima de empresários e trabalhadores mobilizando-os para produzirem melhor e acreditarem que podem vencer o desafio da globalização."
Com tudo o que se fala de crise, e com tudo o que se fala acerca de economia, venho, também, chamar a atenção para os factores sociais e ecológicos. Sociais, na medida em que ao comprarmos produtos portugueses, estamos a criar riqueza no nosso país, riqueza essa para produtores e trabalhadores portugueses que, por sua vez, contribuem para a riqueza de todos nós, pagam impostos, pagam segurança social "nossa". E também na medida em que não ficamos dependentes de factores nem de entidades externas. Com todo o respeito que tenho pelos produtores e trabalhadores estrangeiros (mesmo os "estrangeiros da U.E."), o certo é que ficarmos (mais) dependentes a nível alimentar, principalmente, traduzir-se-á em graves problemas sociais, e já se fala em Fome, portanto...
Além da parte social (e tanto se poderia falar sobre isto, ainda), temos a questão ecológica. Em primeiro lugar, não é difícil fazer contas: gasta-se mais petróleo a trazer um produto, qualquer que seja, de outro país. Em segundo lugar, a nível dos produtos agrícolas, as nossas exigências ambientais conseguem ser superiores às da legislação europeia. E isso traduz-se tanto na aplicação de fertilizantes, como de pesticidas. Não é preciso ir muito longe (temos Espanha e França logo aqui ao lado) para se ver, por exemplo, que é permitida a utilização de insecticidas para as frutas e legumes que não são permitidos no nosso país por serem tóxicos para o ambiente, para o aplicador e para o consumidor. No entanto, essa mesma fruta e esses mesmos legumes vêm parar à nossa mesa...
Por outro lado, todos nós, como consumidores, já deparámos várias vezes com prateleiras nos hipermercados cheias de produtos estrangeiros, e não portugueses, mesmo nos frescos, e até já ouvimos "que os produtores portugueses não produzem a quantidade necessária...". Meus amigos... Tanto poderia ainda dizer sobre isso, mas hoje não me vou "esticar" por aí... A questão é que, se aprendermos a consumir correctamente, podemos recusarmo-nos a comprar os produtos alimentares que existem fora da nossa época normal de produção, e podemos e devemos exigir mais produtos portugueses. Até porque sei, de fonte segura, que os hipermercados fazem "finca-pé" para pagar pouquíssimo aos produtores nacionais, chegando a fazer "chantagem" com os mesmos, não lhes comprando os produtos a um preço justo e preferindo comprar mais caro no estrangeiro, só para ter os nossos produtores na mão... (Mais tarde falarei melhor sobre algumas destas situações).
Com isto tudo, venho dizer-vos que pretendo, dentro da minha disponibilidade, tempo e conhecimentos, escrever uns posts sobre produtos portugueses, estejam ou não referenciados no projecto "Compro o que é nosso", mas que serão, sem dúvida produtos feitos em Portugal, por empresas Portuguesas! (Sim, que também há empresas cá que só vêm ocupar espaço e ficar com o nosso dinheiro, pois têm isenção de impostos e trazem os seus próprios trabalhadores...)
Um blog (do) fantástico, num formato especial... 4 são os contadores, 4 são as personagens principais! Imperdível.. Para quem sonha uma noite diferente... VISITEM!!! (clicar na imagem)
"Hoje sei como se mede a verdadeira idade: vamos ficando velhos quando não fazemos novos amigos. Estamos morrendo a partir do momento em que não mais nos apaixonamos.", in Mar me Quer, Mia Couto - e eu não quero envelhecer nunca, quero ser sempre menina-mulher! :)
"Que trazemos oceanos circulando dentro de nós? Que há viagens que temos que fazer só no íntimo de nós?", in Mar me Quer, Mia Couto - e são tantas as viagens que faço em mim, que esta não poderia deixar de levar comigo...
"[...]Mas não quero morrer num só lugar. Não posso acabar todo inteiro num único lugar. Já tenho os sítios onde irei morrer, um bocadinho em cada um.", in Mar me Quer, Mia Couto - porque também vivo em muitos lugares, recuso-me a morrer apenas num! Na verdade... recuso-me a morrer! :)
Obrigada, Vekiki!
Welcome to the Jungle!!!
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No fundo, não garanto nada, pois... isto é a Selva!