Há precisamente oito anos atrás, comecei a trabalhar aqui onde (ainda) estou...
Nunca pensei fazer 8 anos de casa, confesso, e há já 2 anos que tenho vontade de mudar...
Nunca pensei fazer 8 anos de casa, confesso, e há já 2 anos que tenho vontade de mudar...
Uma das frases que, ultimamente, me soa no cérebro é: "Liberta-te do velho para deixar entrar o novo.".
Mas, no entanto, e dada a situação actual do país, tenho receio de arriscar a saída sem paraquedas (sem ter onde ir trabalhar) e poder vir a ficar dependente de alguém.
Por outro lado, a área está mais que entupida, ou as ofertas existentes estão muito aquém de serem minimamente interessantes, e sinto-me numa zona profissional de "nevoeiro pantanoso", por não saber muito bem o que fazer e me sentir estagnada aqui.
Claro que, em 8 anos, nem tudo foi mau, senão nunca teria passado tanto tempo.
O problema maior é a consciencialização de que, daqui em diante, as coisas não mudam para melhor, e já nem me refiro à questão de não ser aumentada há 4 anos (e só fui aumentada uma vez desde que entrei), mas sim ao facto de não haver compensações de tipo nenhum...
Apenas houve, e vai haver, mais aumento de responsabilidades e de trabalho, e aquela sensação que quanto mais se faz, mais exigem que se faça...
As compensações poderiam traduzir-se, tão simplesmente, em mais dias de férias, ou em "banco do tempo", ou algo que nos permitisse gerir a nossa vida pessoal da melhor maneira, para compensar as horas a mais (não remuneradas) que fazemos em determinadas alturas.
Ou na possibilidade de ir a colóquios/seminários/formações, que mesmo que não fossem de interesse "directo" para a casa, houvesse autorização para ir.
Por exemplo, no ano passado, tirei um minicurso (5 dias) duma área que não está relacionada directamente com o meu trabalho, mas está "indirectamente" (e pelos vistos, vai estar mais directamente a partir de há 2 semanas atrás em que arranjámos um parceiro novo nessa área). Esse minicurso foi pago por mim, e tirei-o nas minhas férias.
Quis ir a um outro Seminário, que também não era de interesse directo para a "casa", e tive de pedir autorização e de meter um dia de férias para poder ir, uma vez que era Sexta e Sábado. Claro que todas as despesas foram por minha conta.
Já este ano, fui a um seminário da área, e era 6ª e Sábado na terra onde vive a minha mãe.
O custo do seminário foi de 25 euros.
Eu mostrei vontade de ir (pelo tema e pelo sítio, mas essencialmente pelo tema), e a "casa" deu-me o dia de Sexta. Só.
Não que eu estivesse à espera que me pagassem o seminário... Mas teria sido melhor que não me tivessem dito: "Damos-lhe autorização e o dia, porque tem lá casa onde ficar...".
Então, se eu quisesse ir a um seminário de interesse para a "casa", mesmo que pagasse tudo do meu bolso e fosse do outro lado do mundo, não me autorizavam?!?!?... Então, e o facto de eu ainda ir no Sábado a esse seminário, "perdendo" um dia de fim-de-semana, e não me comportar como outros que só vão nos dias de trabalho, não vale de nada?!?!?...
Tendo em conta que as horas que dou a mais, ao longo do ano, já somam o equivalente (sem exagero) a mais de 40 dias de trabalho (e só ainda estou em Agosto, e não sei o número certo porque prefiro nem contabilizar), creio que poderia haver maior abertura da casa em relação a este tipo de situações...
Isso, entre outras coisas, poderia fazer a diferença, a nível psicológico, de uma pessoa se sentir "escravizada" ou não.
O trabalho não me assusta, nem nunca tive problemas em fazer horas, ou "entregar-me" a uma causa, mas chegar a situações de "Quanto mais baixas a cabeça, mais ao c* te vão", não é nem do meu agrado nem do meu interesse.
Além de não poder dar formação a entidades externas (e ganhar umas lecas extra, que bem jeito davam), na área, porque é considerado "concorrência" com a casa, e o chefe entende que tudo o que sabemos, aprendemos aqui... Poupem-me...
E a palmadinha nas costas, no fim do ano, do chefe a dizer "Tenho muito orgulho em trabalhar convosco", soa tão "politicamente correcta" que enjoa, porque na hora da verdade, questiona o nosso empenho e dedicação sem razão, e arrogantemente, como já aconteceu...
Também é verdade que, ao contrário de muita boa gente, eu ainda tenho um ordenado ao fim do mês, e pago certinho. (Até quando?...)
Por outro lado, quando o ordenado só serve, basicamente (pois pouco sobra, e sem fazer "um vidão"), para pagar o facto de estar deslocada para poder trabalhar, fica assim uma sensação de inutilidade deste tipo de vida.
E a sensação de ser apenas uma "put@ laboral", a trabalhar apenas pelo ordenado ao fim do mês... :(
Enfim...
8 anos.
:S
Espero não fazer 9, e que seja por bons motivos...
Por outro lado, a área está mais que entupida, ou as ofertas existentes estão muito aquém de serem minimamente interessantes, e sinto-me numa zona profissional de "nevoeiro pantanoso", por não saber muito bem o que fazer e me sentir estagnada aqui.
Claro que, em 8 anos, nem tudo foi mau, senão nunca teria passado tanto tempo.
O problema maior é a consciencialização de que, daqui em diante, as coisas não mudam para melhor, e já nem me refiro à questão de não ser aumentada há 4 anos (e só fui aumentada uma vez desde que entrei), mas sim ao facto de não haver compensações de tipo nenhum...
Apenas houve, e vai haver, mais aumento de responsabilidades e de trabalho, e aquela sensação que quanto mais se faz, mais exigem que se faça...
As compensações poderiam traduzir-se, tão simplesmente, em mais dias de férias, ou em "banco do tempo", ou algo que nos permitisse gerir a nossa vida pessoal da melhor maneira, para compensar as horas a mais (não remuneradas) que fazemos em determinadas alturas.
Ou na possibilidade de ir a colóquios/seminários/formações, que mesmo que não fossem de interesse "directo" para a casa, houvesse autorização para ir.
Por exemplo, no ano passado, tirei um minicurso (5 dias) duma área que não está relacionada directamente com o meu trabalho, mas está "indirectamente" (e pelos vistos, vai estar mais directamente a partir de há 2 semanas atrás em que arranjámos um parceiro novo nessa área). Esse minicurso foi pago por mim, e tirei-o nas minhas férias.
Quis ir a um outro Seminário, que também não era de interesse directo para a "casa", e tive de pedir autorização e de meter um dia de férias para poder ir, uma vez que era Sexta e Sábado. Claro que todas as despesas foram por minha conta.
Já este ano, fui a um seminário da área, e era 6ª e Sábado na terra onde vive a minha mãe.
O custo do seminário foi de 25 euros.
Eu mostrei vontade de ir (pelo tema e pelo sítio, mas essencialmente pelo tema), e a "casa" deu-me o dia de Sexta. Só.
Não que eu estivesse à espera que me pagassem o seminário... Mas teria sido melhor que não me tivessem dito: "Damos-lhe autorização e o dia, porque tem lá casa onde ficar...".
Então, se eu quisesse ir a um seminário de interesse para a "casa", mesmo que pagasse tudo do meu bolso e fosse do outro lado do mundo, não me autorizavam?!?!?... Então, e o facto de eu ainda ir no Sábado a esse seminário, "perdendo" um dia de fim-de-semana, e não me comportar como outros que só vão nos dias de trabalho, não vale de nada?!?!?...
Tendo em conta que as horas que dou a mais, ao longo do ano, já somam o equivalente (sem exagero) a mais de 40 dias de trabalho (e só ainda estou em Agosto, e não sei o número certo porque prefiro nem contabilizar), creio que poderia haver maior abertura da casa em relação a este tipo de situações...
Isso, entre outras coisas, poderia fazer a diferença, a nível psicológico, de uma pessoa se sentir "escravizada" ou não.
O trabalho não me assusta, nem nunca tive problemas em fazer horas, ou "entregar-me" a uma causa, mas chegar a situações de "Quanto mais baixas a cabeça, mais ao c* te vão", não é nem do meu agrado nem do meu interesse.
Além de não poder dar formação a entidades externas (e ganhar umas lecas extra, que bem jeito davam), na área, porque é considerado "concorrência" com a casa, e o chefe entende que tudo o que sabemos, aprendemos aqui... Poupem-me...
E a palmadinha nas costas, no fim do ano, do chefe a dizer "Tenho muito orgulho em trabalhar convosco", soa tão "politicamente correcta" que enjoa, porque na hora da verdade, questiona o nosso empenho e dedicação sem razão, e arrogantemente, como já aconteceu...
Também é verdade que, ao contrário de muita boa gente, eu ainda tenho um ordenado ao fim do mês, e pago certinho. (Até quando?...)
Por outro lado, quando o ordenado só serve, basicamente (pois pouco sobra, e sem fazer "um vidão"), para pagar o facto de estar deslocada para poder trabalhar, fica assim uma sensação de inutilidade deste tipo de vida.
E a sensação de ser apenas uma "put@ laboral", a trabalhar apenas pelo ordenado ao fim do mês... :(
Enfim...
8 anos.
:S
Espero não fazer 9, e que seja por bons motivos...
Encara isso como uma aprendizagem mas nao deixes de procurar novos destinos.
ResponderEliminarBeijoca