domingo, 15 de maio de 2011

Compro o que é nosso - 1


Não sei se já tiveram oportunidade de ler ou saber alguma coisa sobre o Projecto "Compro o que é nosso", acerca da valorização e preferência dadas a produtos portugueses.
Não querendo pôr aqui tudo o que podeis saber visitando a página: http://www.compronosso.pt/

deixo, no entanto, apenas um resumo:

"A Associação Empresarial de Portugal, ciente de que os problemas económicos do país só se resolvem criando riqueza e trabalho, lança uma campanha de sensibilização para o consumo de produtos e marcas que contribuem para criar Valor Acrescentado em Portugal, com a assinatura “COMPRO o que é nosso”. O objectivo deste projecto é criar um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, valorizando a produção nacional, a criatividade, o empreendorismo, o trabalho, o esforço e a determinação. O projecto visa também elevar a auto-estima de empresários e trabalhadores mobilizando-os para produzirem melhor e acreditarem que podem vencer o desafio da globalização."

Com tudo o que se fala de crise, e com tudo o que se fala acerca de economia, venho, também, chamar a atenção para os factores sociais e ecológicos.
Sociais, na medida em que ao comprarmos produtos portugueses, estamos a criar riqueza no nosso país, riqueza essa para produtores e trabalhadores portugueses que, por sua vez, contribuem para a riqueza de todos nós, pagam impostos, pagam segurança social "nossa".
E também na medida em que não ficamos dependentes de factores nem de entidades externas. Com todo o respeito que tenho pelos produtores e trabalhadores estrangeiros (mesmo os "estrangeiros da U.E."), o certo é que ficarmos (mais) dependentes a nível alimentar, principalmente, traduzir-se-á em graves problemas sociais, e já se fala em Fome, portanto...

Além da parte social (e tanto se poderia falar sobre isto, ainda), temos a questão ecológica.
Em primeiro lugar, não é difícil fazer contas: gasta-se mais petróleo a trazer um produto, qualquer que seja, de outro país.
Em segundo lugar, a nível dos produtos agrícolas, as nossas exigências ambientais conseguem ser superiores às da legislação europeia. E isso traduz-se tanto na aplicação de fertilizantes, como de pesticidas. Não é preciso ir muito longe (temos Espanha e França logo aqui ao lado) para se ver, por exemplo, que é permitida a utilização de insecticidas para as frutas e legumes que não são permitidos no nosso país por serem tóxicos para o ambiente, para o aplicador e para o consumidor. No entanto, essa mesma fruta e esses mesmos legumes vêm parar à nossa mesa...

Por outro lado, todos nós, como consumidores, já deparámos várias vezes com prateleiras nos hipermercados cheias de produtos estrangeiros, e não portugueses, mesmo nos frescos, e até já ouvimos "que os produtores portugueses não produzem a quantidade necessária...". Meus amigos... Tanto poderia ainda dizer sobre isso, mas hoje não me vou "esticar" por aí...
A questão é que, se aprendermos a consumir correctamente, podemos recusarmo-nos a comprar os produtos alimentares que existem fora da nossa época normal de produção, e podemos e devemos exigir mais produtos portugueses. Até porque sei, de fonte segura, que os hipermercados fazem "finca-pé" para pagar pouquíssimo aos produtores nacionais, chegando a fazer "chantagem" com os mesmos, não lhes comprando os produtos a um preço justo e preferindo comprar mais caro no estrangeiro, só para ter os nossos produtores na mão... (Mais tarde falarei melhor sobre algumas destas situações).

Com isto tudo, venho dizer-vos que pretendo, dentro da minha disponibilidade, tempo e conhecimentos, escrever uns posts sobre produtos portugueses, estejam ou não referenciados no projecto "Compro o que é nosso", mas que serão, sem dúvida produtos feitos em Portugal, por empresas Portuguesas!
(Sim, que também há empresas cá que só vêm ocupar espaço e ficar com o nosso dinheiro, pois têm isenção de impostos e trazem os seus próprios trabalhadores...)

Para já, desejo-vos um Bom Domingo... :)

4 comentários:

  1. por acaso tento, cada vez mais, comprar o que é nosso! :)

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  2. Eu também costumo comprar o que é nosso. Só tenho pena que alguns produtos de marca branca dos hipers não o sejam... Há alguns que têm o código 560 (pt) mas não são nossos.
    Sei de uma cadeia de hipers que compra ao produtor local das zonas das suas lojas incentivando os produtores locais. Na famosa greve de 2008 essa cadeia não estava em ruptura nos frescos! Mas os consumidores andam iludidos...
    Chego ao ponto de, na frutaria aqui ao meu lado, não comprar fruta que não seja portuguesa.
    Exceptuando as frutas tropicais e mesmo estas só compro quando me apetece algo diferente.
    Gostei desta tua iniciativa.
    Bjs

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  3. Fadita,
    subscrevo e faço por isso.
    Beijo :-)

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  4. Dou preferência, em igualdade de circunstâncias, mas se houver diferenças não me "sacrifico".

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