Rija, enquanto durou.
Agora q'amolengou
e antes q'a morda a cobra,
Vou atá-la c'uma corda
Pra ela nã me fugiri.
Preciso da sacudiri,
Leva tempo pá'cordari
Já nem se sabe esticari.
Más lenta q'um caracoli,
Enrola-se-me no lençoli.
Ninguém a tira dali,
Já só dá em preguiçari.
Nada a faz alevantari
E já nã dá com o monti,
Nem água bebe na fonti.
Que bich'é que lhe mordeu?
Parece defunta, morreu.
Deu-lhe p'ra enjoari,
Nem lh'apetece cheirari.
Jovem, metia inveja.
Com más gás q'uma cerveja,
Sempre pronta p'ra brincari.
C'o diga a minha Maria,
Era de nôte e de dia.
Até as mulheres da vila,
Marcavam lugar na fila,
P'ra eu lha poder mostrari !
Uma moura a trabalhari,
Motivo do mê orgulho.
Fazia cá um barulho !
Entrava pelos quintais,
Inté espantava os animais.
Eram duas, três e quatro,
Da cozinha até ao quarto
E até debaixo da cama.
Esta bicha tinha fama.
Punha tudo em alvoroço,
Desde o mê tempo de moço.
A idade nã perdoa,
Acabô-se a vida boa !
Depois de tanto caçari,
Já merece descansari.
Contava já mê avô:
"Niuma rata lhe escapou !"
É o sangui das gerações.
Mas nada de confusões,
Pois esta estória aqui escrita,
É da minha gata, a Pilita !
quarta-feira, 18 de março de 2009
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e um som a acompanhar o poemazito não?????
ResponderEliminarficava giro!
Ai ai Fadadita tal na tá a moenga!!!
ResponderEliminarAi agora ei assim com piado-las de alentejanos
Atão na tou amanhado com a piquena….
Vem aqui um alentejano com as melhores das intenções para ver a continuação do post “crónicas da floresta IV” e dá de cara com isto…
Assuste-me como o titlo…mas vá como é da gatita passa
Uma boa note e passe vocemecê muito bêm
Beijinhos
Ahahaha, tens uma Pilita, ahahahaha
ResponderEliminarBem... mas eu cá sou transmontano, qualquer-coisa todo o ano, qualquer-coisa todo o ano...
ResponderEliminar**
Então é assim que são as pilitas alentejanas ...LOL...
ResponderEliminarbeijocas e mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm